Secretários e vice prefeito esclarecem a moradores do Santa Terezinha e Santa Cecília detalhes das obras contra enchentes
O projeto para sair do papel depende de votação na Câmara Municipal e encontra-se na casa de leis esperando ser pautado pelo Presidente Rodrigo Falsetti
O vice-prefeito engenheiro Daniel Rossi, o secretário da Fazenda, Roberto Simoni, e o chefe de Gabinete, Bruno Franco de Almeida, estiveram na tarde desta sexta-feira, dia 9, no Jardim Santa Terezinha, no salão paroquial da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, onde se reuniram com moradores e lideranças locais.
O objetivo do encontro foi apresentar, de maneira clara, a proposta da Prefeitura sobre as obras que acabarão com os problemas de enchentes. A execução destes serviços será concretizada desde que a Câmara aprove o projeto de lei que tramita desde semana passada em regime de urgência.
A Prefeitura prevê o investimento de R$ 800 mil na construção de galerias e de uma completa rede de escoamento de águas da chuva. A expectativa é que o projeto resolva de uma vez por todas o drama dos alagamentos registrados nos períodos chuvosos, que afetam principalmente moradores do Santa Terezinha e Santa Cecília, assim como adjacências.
Ao justificar a necessidade de o Município contrair empréstimos para serem pagos nos próximos 20 anos, o secretário da Fazenda explicou que os R$ 7 milhões em caixa, obtidos com a venda de lotes da Prefeitura no Ypê Amarelo e no Santa Terezinha, foram destinados a outras obras anteriormente.
Para receber a aprovação do Governo Federal na construção das 1,4 mil casas do Jardim Ypê Amarelo, o Município assumiu o compromisso de construir uma via de acesso com todos os dispositivos de mobilidade necessários na região dos Ypês. Por isso, a opção foi utilizar o antigo ramal férreo da Fepasa, a partir do Jardim Ypê I.
Foi dessa forma que a Prefeitura destinou R$ 5,9 milhões – com economia de R$ 1,2 milhão na licitação – para a construção da Avenida Alíbio Caveanha, que contará com corredor de ônibus, ciclofaixa, ciclovia e com os dispositivos de mobilidade urbana.
Outra parte do recurso foi usada em outras obras de infraestrutura, como a contrapartida aos investimentos de mais de R$ 3 milhões na reconstrução da Avenida Nico Lanzi, que hoje é a principal ligação da SP-340 com a região central de Mogi Guaçu.
Por isso, não procede a informação difundida em redes sociais que o Município tem hoje R$ 8 milhões em caixa e que as obras do Santa Terezinha não necessitam da aprovação dos empréstimos pelos vereadores. Dentro dos projetos remetidos para a Câmara também está a construção de um espaço para a feira livre do Parque Cidade Nova, entre outros benefícios para os guaçuanos.
As explicações levadas à reunião satisfizeram os munícipes, que, independente de posições políticas, pediram agilidade nas obras, temendo novos estragos causados pelas chuvas com a proximidade do verão. A Administração Municipal assumiu a responsabilidade de executar as melhorias no Santa Terezinha após a aprovação dos projetos na Câmara.
OBRAS: POR QUE SÓ AGORA?
Roberto Simoni explicou que a atual Administração Municipal assumiu a Prefeitura em 2013 com R$ 127 milhões de dívidas a curto prazo e mais de R$ 43 milhões de déficit. “Havia o passivo para pagar, mas sem obra alguma. Diferentemente de agora que queremos emprestar dinheiro, mas com a contrapartida de entregar a obra”, explicou.
Além disso, o orçamento da Prefeitura ficou comprometido para o pagamento da folha salarial e da manutenção de serviços essenciais, principalmente na educação e na saúde. Por isso, nos últimos anos, a equipe financeira se empenhou para melhorar a situação da Prefeitura, que em 2013 não tinha crédito algum com bancos.
Foi apenas no ano passado que vieram os primeiros investimentos aprovados pela Caixa, graças à saúde financeira: R$ 23 milhões em saneamento básico, R$ 10 milhões no FINISA (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) e R$ 29 milhões em mobilidade urbana.