Saúde

Novembro Roxo: especialista destaca a importância do pré-natal e neonatal quando o assunto é prematuridade

Maior causa de mortalidade infantil está ligada a saúde materna e deve receber atenção dos pais durante todo processo de desenvolvimento do bebê

A prematuridade, lembrada pelo novembro roxo, já foi apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo. Só no Brasil, 11,7% dos partos ocorrem antes do tempo adequado de uma gestação, segundo levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Nessas situações, o contato entre pais e filhos deve ser o mais próximo possível, para que haja proteção e estímulos ao recém-nascido. 

Segundo a especialista em neonatologia, Dra. Giovanna Rodrigues, do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, o leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento de anticorpos, a nutrição e o crescimento do bebê prematuro. “Ele reduz o risco de mortalidade por ser um fator protetor contra algumas doenças, como a enterocolite, e reduz tempo de internação dos bebês,” diz a médica.

A doutora explica que a realização adequada dos exames e o acompanhamento pré-natal são fundamentais para o combate à prematuridade. Dentre as principais causas para o nascimento de prematuros, é possível citar:

  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Uso de entorpecentes;
  • Estresse exacerbado;
  • Infecções urinárias;
  • Sangramento vaginal;
  • Diabetes;
  • Obesidade
  • Hipertensão;
  • Gravidez gemelar.

O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de idade gestacional. A prematuridade pode ser divida em extrema, quando bebês nascem antes de 28 semanas e correm grande risco de vida; intermediária, quando o bebê nasce entre as 28 e 34 semanas de gestação, sendo essa a maior parte dos prematuros; e a prematuridade  tardia, referente a bebês que nascem entre 34 e 37 semanas, e que segundo a doutora, tem aumentado muito no Brasil nos últimos tempos por conta das cesáreas agendadas.

A vida de um prematuro é muito frágil, de modo que precisa de atenções redobradas para o mantimento da vida, a criança pode nascer sem um desenvolvimento renal e intestinal completo, entre outros problemas. “Bebês prematuros nascem sem uma formação adequada dos pulmões, podem possuir problemas circulatórios como sangramentos cerebrais, que ocorrem mais comumente em prematuros extremos, ou não adaptação da circulação sanguínea na vida extra uterina”, diz a médica.

Quando não se consegue evitar um nascimento prematuro, a assistência neonatal é de suma importância, os cuidados envolvem a recuperação nutricional, o desenvolvimento da habilidade de se alimentar sozinho, através da sucção do seio materno, e a  prevenção de infecções  que podem levar um bebê a óbito. “A assistência é prestada tanto na primeira hora de vida, na recepção e reanimação do bebê, quanto nos próximos meses de cuidados dentro de uma terapia intensiva, visando a redução de sequelas na vida dessa criança”, finaliza Giovanna. 

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MGA

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