Saúde

Neuronavegador: o aparelho que auxilia cirurgias cerebrais com menor invasão

Semelhante a um GPS, ferramenta permite maior precisão em procedimentos no cérebro e diminui tempo de internação do paciente

Cirurgias cerebrais possuem alto risco pois, além de ser uma região sensível, qualquer mínino equívoco pode causar lesões graves advindas do procedimento. Para auxiliar os neurocirurgiões em casos delicados, há um aparelho inovador que permite uma prática ainda pouco conhecida pelos pacientes e público em geral. O moderno neuronavegador, presente no Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, pode contribuir com a precisão de movimentos no corpo do paciente em tempo real e evitar diversas complicações. 

O aparelho consiste em um software que consegue unir a imagem da ressonância magnética realizada antes do procedimento e a anatomia do paciente em tempo real, por meio de de um apontador que sinaliza o local do cérebro a ser manipulado. O doutor Gleidson Campos Rodrigues, neurocirurgião que já utilizou o aparelho em diversas cirurgias complexas no Hospital São Francisco, explica muito bem como é a prática do aparelho: “Costumo dizer aos meus pacientes de forma simplista que o aparelho neuronavegador funciona como o GPS de um carro, mostrando onde ele está baseado na medida em que nos deslocamos, tudo isso em tempo real.”

O Hospital São Francisco já é referência nesse tipo de tecnologia de alto investimento e oferece todo o conforto e segurança para os pacientes com a prática que é minimamente invasiva. Segundo o doutor Gleidson Rodrigues, “a tecnologia é inovadora pois permite uma menor manipulação do tecido cerebral minimizando as possíveis lesões, causando menor perda sanguínea, menores incisões e, consequentemente, diminuindo o tempo cirúrgico contribuindo para procedimentos mais seguros”. 

A precisão de localização faz com a cirurgia seja mais rápida, trazendo inúmeros benefícios, pois quanto mais tempo na mesa de cirurgia, o paciente fica exposto há mais perda sanguínea e mais riscos de lesões posteriores. “Lesões diminutas e profundas podem ser difíceis de serem encontradas, causando uma maior manipulação de tecido cerebral saudável e consequente aumento o riscos de déficits neurológicos”, como explica médico. 

A tecnologia pode auxiliar procedimentos de retirada de tumores cerebrais, malformações e cirurgias funcionais como, por exemplo, a retirada de focos de epilepsia ou biópsias. O neurocirurgião aponta que podem contribuir principalmente em tumores próximos a regiões eloquentes, em lesões pequenas profundas ou locais de difícil acesso. Outro benefício é uma consequente recuperação rápida do paciente, já que a lesão tecidual e tempo cirúrgico são menores. O paciente costuma ficar menos tempo em UTI ou enfermaria.

O aparelho inovador é mais difundido em outros países mas já vem crescendo no Brasil e contribuindo em diversos casos complicados de cirurgias cerebrais.

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MGA

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