Fone de ouvido no home office: quais os cuidados para não prejudicar a audição
O uso inadequado de fones pode ocasionar infecções, otites e até perfuração do tímpano
A pandemia do novo coronavírus obrigou boa parte do mundo a se adaptar ao home office. Antes presenciais, agora as reuniões se tornaram virtuais com a ajuda de aplicativos e, para melhorar ainda mais a concentração, estão acompanhadas de fones de ouvidos.
Antes mesmo do isolamento social, o uso excessivo de fones de ouvido já era uma preocupação para os médicos: utilizar o acessório com volumes além do considerado saudável se tornou causa de boa parte das perda auditivas, especialmente entre os jovens. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 50% da população entre 12 e 35 anos moradora de países de média/baixa renda escutam música em uma intensidade prejudicial à audição.
Segundo o otorrinolaringologista Dr. Thiago Zago, o segredo para preservar a audição é dosar o volume do que é transmitido pelo fone de ouvido. “Existe uma regra que nós médicos chamamos de regra do 60 por 60: é recomendado que não se escute mais de 60 minutos de som em volume superior à 60% da capacidade de som do aparelho por dia”, informa o médico. “Se alguém consegue ouvir o que sai do seu aparelho, é um alerta que já está em um nível prejudicial à saúde auditiva”, explica o otorrinolaringologista.
Quando chega no ouvido, o som causa uma vibração no tímpano, que é levada à cóclea, parte auditiva do ouvido interno. As células ciliadas, quando recebem a vibração, se movem e quando expostas por um tempo prolongado, podem perder sua sensibilidade perante à vibração da frequência sonora. O som de fones de ouvido chega a ser 9 decibéis mais alto que o ambiente, devido à proximidade da orelha.
De acordo com o Dr. Thiago Zago, também é preciso atentar-se ao formato do fone e à forma como é colocado no ouvido. “Grande parte das perdas auditivas resultantes de traumas vêm do mau uso do aparelho. Os headphones, que possuem formato de concha, são mais indicados por, reduzirem o barulho externo e permitirem o uso com uma intensidade sonora menor, e não entrar em contato com o interior do ouvido”, afirma o especialista. Os earphones, que são colocados dentro do canal auditivo, podem predispor a otites externas e lesões no conduto auditivo.
A higiene do fone também é essencial para a saúde auditiva do usuário. Na hora da limpeza, o álcool em gel ou detergente, na medida certa, podem ser ótimos ingredientes para limpar os fones de ouvido. Prepare uma pequena mistura desses produtos com água, o suficiente para deixar um pano úmido e faça a higienização. Caso os fones de ouvido possuam capinhas de silicone, retire-as para realizar sua limpeza separadamente. Para que não haja transmissão de infecções, é recomendado que o uso seja individualizado.
Sobre o médico
Com apenas 30 anos de idade, o Dr. Thiago Zago já acumula um vasto currículo. Em 2013 se formou em medicina pela Unicamp e em 2017 terminou sua especialização em otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço, também pela Universidade Estadual de Campinas. Possui diversas publicações científicas em revistas conceituadas internacionalmente e acumulou prêmios ao longo de sua trajetória.
Esteve em três países para estudar e conhecer novas técnicas em sua área. Durante os anos de 2016 e 2017 estudou em Harvard, nos Estados Unidos, para se especializar em cirurgia endoscópica de ouvido e cirurgia endoscópica de seios da face e tuba auditiva e, na Universidade da Califórnia para se aprimorar em otorrinolaringologia pediátrica. Na França e na Suíça, estudou sobre microcirurgia de ouvido e Implante coclear e cirurgia endoscópica de ouvido e base de crânio, respectivamente.
Dr. Thiago tem sua clínica em Mogi Guaçu no estado de São Paulo, mas também é um grande entusiasta da telemedicina e realiza orientações e avaliações à distância para pacientes no país todo.
Mídias Sociais de Thiago Zago
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