Esportes

Aluna da academia Manara Lótus é 3ª colocada no Brasileiro de Jiu-Jitsu

Uma fera nos tatames

Ana Paula Siqueira treina com o mestre guaçuano há três anos e disputa mundial em Dezembro, no Ibirapuera

Com um rostinho lindo, corpo franzino e uma timidez típica da pré-adolescência, engana-se quem pensa que essa descrição é de uma menina frágil. Longe disso. Ana Paulo Siqueira, apesar da pouca idade – 12 anos –  já soma várias conquistas no jiu-jitsu, esporte pelo qual se apaixonou e a fez trocar as sapatilhas do balé, pelos tatames da academia guaçuana Manara Lótus.

A escolha não poderia ter sido melhor. Em menos de três anos e já na faixa amarela, essa ferinha mogimiriana já soma um terceiro lugar no campeonato mundial da modalidade, disputado em 2019 no Ibirapuera, em São Paulo, assim como diversos troféus e medalhas de campeonatos estaduais e regionais.

Seu último grande feito aconteceu no dia 24 de outubro, quando ficou com a medalha de bronze no campeonato brasileiro da modalidade, disputado em Caieiras, na Grande São Paulo, como parte da equipe da Manara Lótu.

“O nível da competição estava muito forte”, recorda Ana Paula.

Humilde, ela admite que não esperava uma colocação tão boa como essa, numa competição extremamente difícil e justifica: “por causa da Covid-19 e a suspensão dos treinos, não me preparei adequadamente”, como se o terceiro lugar não fosse uma conquista espetacular.

Incentivada pelo pai, Paulo Siqueira, que já praticava jiu-jitsu, Ana Paula vem se destacando entre os lutadores da Manara Lótus, onde o mestre e ídolo da menina, Alexandre Manara, está lapidando mais essa lutadora.

MUNDIAL EM DEZEMBRO

A meta da menina agora é o mundial deste ano que ocorrerá nos próximos dias 11, 12 e 13 de dezembro, no ginásio do Ibirapuera, na capital. E ela só pensa nessa disputa. Apesar de saber que vai enfrentar adversárias mais experiente, a pequena guerreira não se amedronta ou desanima.

“Vou para essa competição com uma coisa em mente. Quero vencer o mundial”, dispara. Quem a conhece sabe que não se trata de uma vã promessa. “Ela está muito focada, intensificando os treinamentos. Tenho certeza que chegará bem preparada em São Paulo”, garante o pai, que também é o patrocinador.

E por falar nisso, Paulo agora está em busca de patrocinadores ou de uma ajuda de custo para bancar a ida de Ana Paula ao Mundial de São Paulo, promovido pela CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu). Trabalhando como pedreiro, o pai da garota revela que os custos com inscrição, transporte, hospedagem e alimentação são altos e pesam muito no orçamento doméstico.

“O que um pai não faz por uma filha ou filho”, ressalta Paulo. Ana Paula, por sua vez, reconhece o esforço do pai e o agradece sempre por tê-la apresentado ao esporte.

Ela garante que hoje é uma pessoa mais centrada e assegura: “o jiu-jitsu acalma”, brinca a pré-adolescente, cujo passa-tempo preferido é escutar música. Sobre o futuro, a menina diz que, independentemente da profissão que escolher, quer ensinar a arte milenar do jiu-jitsu.

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MGA

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