Em uma semana, casos de dengue passam de 23 para 60 neste ano em Mogi Guaçu
O casos já são quatro vezes maior do que no ano de 2018 todo
O número de casos positivos de dengue mais que dobrou em menos de uma semana em Mogi Guaçu, a despeito dos esforços da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença.
Do relatório semanal da Vigilância Epidemiológica do dia 8, sexta-feira, para o relatório desta quinta-feira, dia 14, o número de casos confirmados saltou de 23 para 60. Já é mais que o quadruplo do total do ano passado, que fechou com 17 casos.
A maior incidência de confirmações, 34 ao todo, ocorre na Área 3, que é abrangida pelas Unidades de Saúde do Jardim Centenário e Centro-Oeste (Jardim Nossa Senhora das Graças, BNH) e adjacências. No relatório anterior, eram apenas seis.
A Área 3 inclui, entre outros bairros, o Jardim Igaçaba, onde a Equipe de Controle de Dengue aplicou inseticida através de nebulizador em algumas quadras nesta quinta-feira. A operação continua a ser feita no bairro nesta sexta, dia 15.
Todos os 60 casos confirmados são autóctones, o que significa que os pacientes foram infectados no território do Município. Ao todo, o relatório registra 200 notificações este ano, com 44 aguardando o resultado dos exames e 96 deram negativo.
A segunda região da cidade com maior incidência de casos positivos é a Área 4, referenciada pelas Unidades de Saúde Zona Norte (Jardim Novo I), Jardim Ypê II e Jardim Ypê Pinheiros e respectivas adjacências, que somam 11 casos.
A Área 1 (Zona Sul e Guaçu-Mirim) tem dois casos, a Área 2 (Centro de Saúde e Hermínio Bueno), oito casos, e a Área 5 (Fantinato I e II, Santa Terezinha, Santa Cecília, Zaniboni e Zaniboni II, Suécia e Chaparral), cinco casos.
A Área 101, que abrange o Distrito de Martinho Prado Júnior, as Chácaras Alvorada e comunidades da zona rural, não tem nenhum caso positivo confirmado até o relatório desta semana.
A Secretaria de Saúde prossegue com a Campanha de Prevenção à Dengue lançada no dia 1º deste mês em razão de do mês de janeiro ter registrado 17 casos positivos em apenas três semanas, ante 14 do ano passado inteiro.
O principal objetivo da campanha é evitar que se repita a epidemia de 2015, quando Mogi Guaçu registrou mais de 15 mil casos. As ações preventivas visam conter a proliferação do Aedes aegypti através da eliminação de criadouros de larvas.
Para isso, a Secretaria de Saúde tem mobilizado vários setores, inclusive as demais secretarias municipais, para uma ampla ação de combate ao mosquito, que também transmite os vírus de zika e chikungunya.
É fundamental que a população colabore evitando manter em casa recipientes que acumulem água parada, como vasilhames, potes, vasos, ralos, vasos sanitários abertos e caixas d’água abertas, entre outros objetos que possam servir de criadouros.
A nebulização só é eficaz contra o Aedes aegypti em sua forma alada, ou seja, o mosquito adulto, e não na forma larval.