Saúde

Como maternar com mais leveza em tempos de crise de saúde

Psicóloga do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu explica a importância de ter uma rede de apoio para a puérpera

O nascimento de um bebê é um mundo novo para a recém mamãe.  O pós-parto é um momento de muitas mudanças para o casal, principalmente para a mulher, e passar por essa mudança de rotina em plena crise de saúde pode causar uma insegurança ainda maior.

A psicóloga do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, Samantha Nobre, explica que ter uma rede de apoio é essencial nesse momento da maternidade. É muito importante que toda mãe tenha suporte social e familiar, para que possa ‘maternar’ com tranquilidade e segurança”, e ressalta que também existem grupos de apoio no Whatsapp, Facebook e Instagram de mulheres e mães que trocam suas experiências sobre a nova rotina e adaptação com os filhos. “Neles é possível se falar mais abertamente como é difícil ter um recém-nascido e os sentimentos de frustrações,” exemplifica a profissional. 

É muito importante que os familiares ofereçam e procurem ajuda para a puérpera, que muitas vezes pode não estar  em condições ou não perceber que não está bem. Saiba quais são esses sintomas:

  • Oscilação de humor,
  • Choro constante;
  • Ansiedade;
  • Apatia;
  • Culpa; 
  • Irritabilidade, 
  • Descontentamento geral;
  • Sentimentos/fala de inadequação – de que não é boa mãe, que não consegue entender ou identificar os desejos e necessidades do bebê, que não consegue se auto cuidar ou cuidar de afazeres rotineiros
  • Falta de concentração;
  • Lentidão durante as atividades e a fala.

Lembrando que é muito comum nos primeiros dias que as mães tenham oscilações de humor, podendo ter início no 3 dia após chegada em casa e até a 3 semana (Blues Puerperal). Em todo caso é muito importante que a família procure ajuda. A psicóloga fala ainda que é importante que a nova mãe tenha momentos de auto cuidado básico. “A nova mamãe precisa ter um momento só dela, precisa de alguém que fique com o bebê para que ela possa descansar, dormir, tomar banho, comer, fazer unha ou qualquer coisa que ela queira. É importante que a família pergunte qual ajuda ela necessita e ajude,” resume.   

Segundo a profissional, uma mãe que teve bebê durante a pandemia não necessariamente será uma puérpera que precisará de atendimento psicológico para lidar com o isolamento social e a pandemia. “Os casos devem ser avaliados individualmente, caso a pessoa sinta necessidade é importante procurar ajuda profissional”, conta a psicóloga.

Rotina familiar x Coronavírus

Independente da crise de saúde, normalmente os médicos orientam as mães, que não saiam de casa com o recém-nascido, exceto para as consultas médicas, até que todas as vacinas tenham sido feitas. Principalmente no momento da pandemia é necessário permanecer em casa com o bebê que ainda não tem o sistema imunológico formado. “É necessário usar a criatividade com os recursos que temos em casa, como por exemplo: tomar sol no quintal, ouvir música e interagir com o bebê com objetos coloridos, de diferentes texturas para que o bebê se desenvolva bem. Como os primeiros contatos de um bebê são com os pais, desde que os pais estejam bem, isso se refletirá no bebê”, diz Samantha. 

Ao contrário dos bebês, as crianças têm sentido muito com esse isolamento, principalmente pela falta da escola. A psicóloga explica que é importante que os pais usem a criatividade e façam atividade em casa para ocupar o tempo das crianças. “Criem rotinas, use o tempo com atividades criativas, com atividades manuais, é importante os pais tirarem um tempo para estarem genuinamente com os filhos, assistindo um filme, lendo ou até mesmo para uma caminhada em ambiente aberto, seguindo os protocolos de saúde”, exemplifica a profissional.

Segundo a psicóloga, cada família tem um funcionamento e é importante que consigam encontrar sua maneira de se adaptar a essa situação e tudo depende de como olhamos para a situação. “Se os pais passarem para os filhos que isso é uma situação temporária e que temos que tirar proveito do lado positivo disso, assim entenderão as crianças”, conclui a psicóloga.

Sobre o Hospital São Francisco de Mogi Guaçu

Com mais de 30 anos de história, o Hospital São Francisco teve seu início em 1986 com um grupo de médicos que partilhavam do mesmo objetivo de criar um hospital moderno, com equipamentos inovadores e aliado a um atendimento de qualidade que preza pelo conforto e bem-estar de seus pacientes. O projeto inicial com 35 médicos-sócios hoje conta com mais de 100, além dos 600 funcionários, 7.500 atendimentos no pronto atendimento e as 600 cirurgias realizadas mensalmente.

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MGA

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