Polícia

Escola que vendia curso para o IML vira caso de polícia

Descobertos pelos próprios funcionários do IML, suspeitos de estarem praticando suposto golpe foram levados à Central de Polícia Judiciária de Mogi Guaçu

O processo de inscrições para um curso na área de auxiliar de necropsia virou caso de polícia. Os profissionais do IML (Instituto Médico Legal) tomaram conhecimento que a escola investigada alegava que o curso é pré-requisito para participar do concurso público realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, o que não é verdade.

A escola com sede em Limeira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu está vinculada a esse curso. O caso foi revelado na terça-feira, dia 28, quando foi descoberto que uma sala comercial foi locada para a realização de palestras e que estava com inscrições abertas, cobrando R$ 1 mil à vista ou 10 parcelas de R$ 170, para auxiliar de necropsia.

Os profissionais do IML tiveram conhecimento do curso através de redes sociais e passaram a ser indagados por populares referente à exigência deste curso preparatório para ingressarem na carreira pública.

Acreditando que poderia estar ocorrendo um golpe, os profissionais do IML seguiram até o local das inscrições e se passaram por interessados.
No estabelecimento, eles presenciaram uma rápida palestra referente ao curso a ser ministrado, onde foi informado que os alunos teriam aulas práticas em funerárias e em unidades do IML de Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Jaguariúna, sendo que este serviço funciona apenas em Mogi Guaçu e não existe nas outras cidades.

Ainda na palestra foi afirmado que o curso seria ministrado por médicos legistas e enfermeiros, sendo que o certificado de conclusão seria assinado por um profissional.

Segundo ainda os relatos dos profissionais do IML, os responsáveis pela palestra de exposição disseram que o curso seria essencial para a participação de concurso público para a carreira de auxiliar de necropsia.
Os palestrantes inclusive teriam falado que no último concurso apenas seis dos aprovados teriam sido chamados para ocupar a vaga, pois somente estes haviam concluído o curso oferecido pela escola com sede em Mogi Mirim e em Mogi Guaçu.

Após acompanharem toda a apresentação e ouvir os palestrantes, os funcionários públicos do IML deram voz de prisão aos promotores do curso, que foram encaminhados até o plantão da Polícia Civil em Mogi Guaçu, onde todos foram ouvidos, inclusive vítimas que já haviam feito as inscrições.

Um dos responsáveis pelo curso, o proprietário da escola em Limeira chegou a dizer à polícia que juntamente com sua sócia ministra cursos em toda a região, tanto para auxiliar de necropsia como também de auxiliar de veterinário, e que nunca havia tido problema com a polícia.
E negou que estivesse usando o argumento da conclusão do curso para que a vaga fosse ocupada por um concursado.

O caso, devido à complexidade, segue sob investigação. A orientação é que quem for prestar algum tipo de concurso público, observe os requisitos necessários que constam no edital de abertura de inscrições.

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MGA

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