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Diferenças entre implante e transplante capilar

O tricologista João Gabriel Nunes explica os procedimentos que colaboram para a auto estima de homens e mulheres

Existem diferenças entre transplante e implante de cabelo. O tricologista João Gabriel Nunes explica que no transplante, são usados fios naturais de pessoa, podendo ser de uma parte da cabeça que ainda tenha cabelo ou podem ser utilizados fios de barba, tórax e em casos isolados, pelos pubianos e de panturrilha. No caso do implante, são usados fios artificiais. Segundo o especialista, existem dois tipos de transplantes capilares.

“O FUT consiste na realização de um corte na nuca, de orelha a orelha, retirando cerca de 2 cm de largura de pele e recolhendo os fios da região para serem implantados”, explica João Gabriel. “Já o transplante FUE retira fio a fio, puxa a raiz capilar e os coloca um a um na área que será submetida ao transplante, deixando micro cicatrizes, que são praticamente imperceptíveis”, completa.

A chance de rejeição no transplante FUE é praticamente nula, mas cabe margem de erro. porque são fios do próprio corpo da pessoa. As chances de os fios serem rejeitados são maiores no implante por não ser natural e não ser originário do organismo, causando feridas e traumas no local. “Por não ter a raiz do cabelo, ele não cresce, o que não ocorre no transplante, que tende a ser definitivo”, explica Nunes.

Após 30 dias de realizar o transplante capilar, todo o cabelo cai e três meses depois começam a nascer alguns fios. Aos quatro meses, cerca de 30% do cabelo está crescido e após seis meses, 80% dos fios já estarão crescidos. Depois de um ano, o crescimento do cabelo deve estar completo. João Gabriel diz que o transplante capilar pode ser indicado a partir do momento que a calvície começa a incomodar o homem, mas não indica para pessoas mais novas, mais ou menos com 20 anos, pois ainda é início de calvície.

A perda de cabelos pode ser de origem genética, não sendo possível prevenir a queda dos fios ou originada por estresse e deficiências nutricionais. “A perda desses fios pode ser por rarefação, ou seja, com o afinamento e perda capilar, mas que deixa ainda alguns fios no local, ou completa, deixando a área afetada totalmente lisa”, diz João Gabriel. Os altos níveis de testosterona, que se convertem no hormônio DHT, deixam os fios mais finos e também podem provocar a queda.

Em casos de calvície total, chamada de alopecia universal, o transplante geralmente não é possível. Além disso, o tricologista explica que o uso do medicamento finasterida, usado para o tratamento de câncer de próstata, ajuda a evitar a queda de cabelos em algumas pessoas, já que seu uso é controlado e depende de avaliação médica prévia. Porém, o uso desse remédio pode causar impotência sexual e infertilidade e, com a interrupção do medicamento, os fios voltam a cair.

Sobre João Nunes 

João Gabriel Nunes se formou em medicina em 2010. Sua primeira pós-graduação foi em dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, com extensão acadêmica na University of Michigan, nos Estados Unidos. Sua segunda pós-graduação foi em reumatologia pelo Instituto de Pesquisas e Ensino Médico de São Paulo, com extensão acadêmica na Harvard Medical School, também nos Estados Unidos. A última pós-graduação do médico foi em Tricologia e Transplante Capilar no Instituto e Hospital da Pele em São Paulo. Além de sua formação, João Gabriel é membro da Academia Europeia de Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira do Cabelo.  Recentemente foi convidado a fazer parte da mais respeitada sociedade de cirurgia capilar do mundo, a ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery).

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