A Patrulha Guardiã da Mulher já atendeu 141 casos de medidas protetivas de mulheres que foram vítimas de violência doméstica em Mogi Guaçu. Deste total, 82 mulheres recebem acompanhamento regularmente com visitas de monitoramento e, dentre elas, há algumas que contam com o apoio do botão de alarme SOS Emergência porque são vítimas de casos mais graves de recorrências de agressões dos ex-companheiros.
Em janeiro de 2023, o lançamento do projeto Patrulha Guardiã da Mulher aconteceu juntamente com a inauguração do Espaço Guardiã, que fica localizado na Avenida 9 de Abril, nº 917, no Jardim Centenário. O projeto é pioneiro no município e oferece atendimento especializado, humanizado e sigiloso para as mulheres agredidas, tendo coordenação da Secretaria Municipal de Segurança e apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).
As responsáveis pela Patrulha Guardiã da Mulher são as GCM’s Isabel, Sueli e Camila que também cuidam do atendimento no Espaço Guardiã, unidade dedicada exclusivamente ao acolhimento de mulheres e ao processamento de ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha, atendendo à Lei Municipal nº 5.486 de 2021, indicada pela vereadora Judite de Oliveira e de autoria do prefeito Rodrigo Falsetti.
De acordo com as responsáveis, em nove meses e meio de trabalho, o programa têm obtido resultados positivos. “Temos visto pessoas gratas e temos percebido durante as visitas de monitoramento que essas mulheres já mudaram o pensamento como, por exemplo, na busca de trabalho para cuidar dos filhos, porque elas têm descoberto que podem ser independentes”, comentaram.
No momento, a Patrulha Guardiã da Mulher faz o monitoramento da escala de gravidade de agressões dos 82 casos de mulheres que aderiram ao programa por escolhas próprias, sendo seis delas moradoras da região central; 13 residentes da Zona Sul; 36 da Zona Norte 1 (região dos Ypês); e outras 27 da Zona Norte 2 (região do Jardim Fantinato).
“O objetivo é diminuir a recorrência de novas agressões e checar como está o incômodo dos ex-parceiros. A violência doméstica é um ciclo vicioso que inclui lua-de-mel, agressão verbal, agressão física e o arrependimento. Depois do perdão, o ciclo começa novamente e é aí que temos que ficar em alerta para que estes casos não se transformem em feminicídio”, destacou o secretário de Segurança, Paulo Henrique da Silva Gomes.
Por meio do programa, as GCM´s Isabel, Sueli e Camila também promovem palestras sobre a violência doméstica em 26 instituições da cidade, além de escolas, empresas e igrejas. Até o momento, 1.989 pessoas já participaram dos eventos. Durante as palestras, o principal tema apresentado é sobre os tipos de violência doméstica: moral, patrimonial (financeira), psicológica e física.
Denúncias
As denúncias de violência doméstica podem ser feitas para a Guarda Civil Municipal pelos números 153 ou (19) 99935.5262 (WhatsApp).